Por que óleos, gorduras, sal e açúcar devem ser utilizados em pequenas quantidades em preparações culinárias?

O que deixa uma comida saborosa são as suas camadas de sabores estruturadas por bons ingredientes, preferencialmente in natura ou minimamente processados. Cada um deles vai exercer um papel: alguns servem para temperar, valorizando o que cada alimento tem de melhor. Outros para ajudar no cozimento ou ainda ser o protagonista do prato. Como numa orquestra, cada um funciona de uma forma para obter o resultado final: uma refeição caseira, nutritiva e saborosa. Uma pitadinha de sal, por exemplo, é capaz de realçar o sabor de qualquer alimento, até mesmo os doces.

Foto: Stacie Ong/Unsplash

Os três são ingredientes raramente consumidos isoladamente. Isso porque eles são usados pelas pessoas em boa parte das preparações culinárias para temperar e cozinhar alimentos in natura ou minimamente processados.

O uso desses ingredientes possibilita a criação de preparações variadas, valorizando os sabores naturais de cada alimento.

Utilizados com moderação em preparações culinárias com base em alimentos in natura ou minimamente processados, esses ingredientes contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem que ela fique nutricionalmente desbalanceada.

Entretanto, o impacto desses ingredientes sobre a qualidade da alimentação dependerá da quantidade utilizada nas preparações culinárias.

De acordo com o Guia Alimentar, o consumo exagerado de óleos, gorduras, sal e açúcar pode ser prejudicial à saúde.

O consumo excessivo de sódio e de gorduras saturadas aumenta o risco de doenças cardiovasculares, enquanto o consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de cárie dental, de obesidade e de várias outras doenças crônicas.

Pesquisas comprovaram que o consumo excessivo do sódio contido no sal pode provocar doenças como insuficiência renal, Acidente Vascular Cerebral (AVC, ou derrame) e hipertensão.

Além disso, óleos, gorduras e açúcar têm elevada quantidade de calorias por grama. Óleos e gorduras têm 6 vezes mais calorias por grama do que grãos cozidos e 20 vezes mais do que legumes e verduras após cozimento. O açúcar tem 5 a 10 vezes mais calorias por grama do que a maioria das frutas.

Mas, utilizados com moderação e apropriadamente combinados com alimentos in natura ou minimamente processados, permitem a criação de preparações culinárias variadas, saborosas e ainda nutricionalmente balanceadas. (Ministério da Saúde)

VOCÊ TAMBÉM PODE ESTAR INTERESSADO EM

Consumo excessivo de alimentos ultraprocessados aumenta o risco de declínio cognitivo

Ingestão diária superior a 20% de alimentos ultraprocessados por idosos e adultos de meia-idade foi associado ao aumento do risco de declínio cognitivo acentuado.

Laranja é o alimento com maior risco de contaminação por agrotóxico, diz Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou nesta sexta-feira eo rlatório do Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, que conclui que quase 99% das amostras dos alimentos analisados estão livres de resíduos de agrotóxicos que apresentam “risco agudo” para a saúde.

Alimentação saudável e exercícios ajudam a combater câncer de mama

Comer frutas e legumes, beber muita água e fazer exercícios são hábitos indicados para prevenir doenças, mas nem sempre é fácil encaixá-los na rotina.

Consumo de açúcar e interrupção precoce do aleitamento são fatores de risco para cárie na infância

Estudo que acompanhou 800 crianças mostra que a inclusão de açúcares na dieta acompanhada da interrupção precoce do aleitamento materno são os principais fatores que contribuem para a incidência de cárie até os 2 anos de idade.

Cientistas da UC estão a estudar potenciais impactos da dieta pré-natal em doenças do neurodesenvolvimento

O projeto “Tryp-to-Brain” quer entender os potenciais impactos da dieta pré-natal no Transtorno do Espectro Autista, procurando novo conhecimento para futuras abordagens preventivas.

Interrupção precoce da amamentação causa alterações no estômago e intestino

Estudos feitos por pesquisadoras do Instituto de Ciências Biomédicas da USP mostram que ratos desmamados precocemente apresentam um aumento nos indicadores de crescimento do estômago e uma retração nas taxas de crescimento do intestino.