Edição em Português
    Saúde / Notícias de saúde

    Pesquisadores desenvolvem hidrogel anti-inflamatório de baixo custo

    Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo um hidrogel de baixo custo com ação anti-inflamatória capaz de ajudar a tratar feridas crônicas na pele, especialmente recomendado para pacientes com diabetes.



    Para quem sofre de diabetes, o processo de cicatrização de lesões é mais complicado. Foto: Sweet Life/Unsplash


    Elaborado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista e da Universidade Federal de São Paulo, o produto contém aminoácidos que vão do número dois ao 26 na cadeia de peptídeos e que forma a proteína AnxA1, necessária para diminuir as células inflamatórias.

    O efeito da substância foi avaliado em testes com camundongos que tiveram um quadro semelhante ao do diabetes tipo 1 induzido. Três dias após o início do uso do novo hidrogel, a redução da inflamação começou a ser percebida. Após 14 dias, as feridas estavam completamente cicatrizadas.

    Camundongos que não passaram por nenhum receberam apenas aplicação de um hidrogel simples, sem a proteína, tiveram características comuns da fase aguda da inflamação, com lesões mais intensas no terceiro dia.

    Segundo a pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce-Unesp) e coordenadora do estudo, Sonia Maria Oliani, esse novo hidrogel é altamente absorvente, mantém o meio úmido ideal para a cicatrização e mostra eficiência para levar ao processo de cicatrização completa da lesão, com redução de tempo de cicatrização.

    A coordenadora explica em nota que o gel ainda está em período experimental, na parte pré-clínica, mas tem uma possibilidade muito grande de entrar no comércio assim que tiver passado pela fase clínica, quando é testado em pessoas . Em seguida, é necessária autorização para a produção.

    Algumas indústrias mostraram interesse no novo produto, mas ainda não há previsão de quando estará disponível e nem o preço.

    Para quem sofre de diabetes, o processo de cicatrização de lesões é mais complicado porque a hiperglicemia aumenta a produção de substâncias oxidantes e, ao contrário da cicatrização normal, as feridas diabéticas têm resposta inflamatória maior e o processo da formação de vasos sanguíneos é prejudicado.

    De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, o Brasil é o sexto país em número de pessoas com a doença, que atingiu proporções epidêmicas e se tornou a quinta causa de morte no mundo. São 17,7 milhões de indivíduos sofrendo diariamente com as alterações metabólicas, como nefro e neuropatias e dificuldades na cicatrização de feridas.

    Estima-se que um entre cinco pacientes com diabetes possa desenvolver feridas crônicas, como a úlcera do pé diabético. (Agência Brasil)

    8 DE JANEIRO DE 2024



    VOCÊ TAMBÉM PODE ESTAR INTERESSADO EM

    Pesquisadores da USP identificam, em testes realizados em camundongos, quais neurônios estão relacionados com o efeito ansiolítico do hormônio do crescimento. Achado abre caminho para o desenvolvimento de novas classes de medicamentos para tratar transtornos neuropsicológicos
    Estudo realizado com 20 voluntárias com artrite reumatoide e hipertensas mostrou os benefícios de uma caminhada em intensidade moderada até mesmo após a realização de testes que simulam eventos estressantes e que tendem a elevar a pressão arterial.
    Fragmentos de toxinas hemorrágicas com possível ação anti-hipertensiva foram encontrados por pesquisadores da Unifesp e do Instituto Butantan no veneno da jararaca-de-barriga-preta, do Sul do Brasil, e da surucucu, presente em florestas da América do Sul.
    Dependendo dos resultados de estudos de segurança, os componentes da própolis têm potencial para serem incorporados a enxaguantes bucais, por exemplo.
    Descoberta abre caminho para intervenções pontuais que estimulem especificamente as regiões cerebrais em que a doença causa alterações durante a caminhada
    Análise feita por pesquisadores da Unifesp e da USP lista descobertas recentes sobre essa doença inflamatória crônica da pele, que afeta cerca de 10% dos adultos e até 25% das crianças.


    TAMBÉM EM LA CATEGORÍA «NOTÍCIAS DE SAÚDE»

    Pesquisa avalia o estresse pós-traumático em vítimas de estupro.
    A infecção pelo SARS-CoV-2 pode suprimir em diversos tecidos do organismo a expressão de genes mitocondriais envolvidos com a produção de ATP, a molécula que serve de combustível celular. Descoberta abre caminho para a busca de estratégias capazes de reverter o quadro
    Os principais fatores associados a essa condição são a má alimentação, a privação de sono – que leva à desregulação hormonal – e o sedentarismo
    Pesquisadores USP desenvolveram, em parceria com a Foresee Pharmaceuticals – empresa sediada em Taiwan e nos Estados Unidos –, uma molécula sintética capaz de melhorar o quadro de insuficiência cardíaca.

    © 1991-2024 The Titi Tudorancea Bulletin | Titi Tudorancea® is a Registered Trademark | Termos de Uso
    Contact