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    Tecnologia

    Grupo da Unifesp desenvolve biomaterial cerâmico que ajuda a regenerar tecido ósseo e inibe infecções

    Cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) obtiveram via impressão 3D estruturas de cerâmica multifuncionais conhecidas como scaffolds, que foram revestidas com óleo de melaleuca – composto com ação antimicrobiana. Os scaffolds são estruturas-suporte e, neste caso, foram projetados para atuar simultaneamente na regeneração do tecido ósseo e na inibição do crescimento de bactérias.



    Estruturas de suporte conhecidas como scaffolds foram produzidas por cientistas da Unifesp via impressão 3D e revestidas com óleo de melaleuca, que tem ação antisséptica. Foto: acervo dos pesquisadores


    O projeto foi desenvolvido no campus de São José dos Campos, com apoio da FAPESP, durante o mestrado de Ana Paula Nogueira Alves. A estudante foi orientada pela professora Eliandra de Sousa Trichês, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unifesp.

    Segundo Alves, “tem-se estudado a obtenção de scaffolds multifuncionais a partir do revestimento com óleos essenciais como alternativa ao uso de antibióticos. O óleo de melaleuca é de grande interesse por sua propriedade antibacteriana”.

    Os resultados da pesquisa, publicados em artigo no Journal of Biomedical Materials Research Part B: Applied Biomaterials, demonstram que o recobrimento dos scaffolds cerâmicos com óleo de melaleuca em solução de gelatina contribui para o combate aos agentes patogênicos sem prejudicar o crescimento celular.

    “Tais resultados se mostraram promissores e potencialmente aplicáveis na engenharia tecidual, trazendo uma nova alternativa em relação a problemas relacionados às infecções ósseas”, pontua a pesquisadora.

    O trabalho foi desenvolvido em parceria com o professor Antônio Pedro Novaes de Oliveira, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que auxiliou na obtenção dos scaffolds por impressão 3D, e com o professor Aldo Boccaccini, diretor do Instituto de Biomateriais da Friedrich-Alexander-Universität (FAU), da Alemanha, que contribuiu com o recobrimento dos scaffolds com óleo de melaleuca, além dos ensaios com células e bactérias. (Agência FAPESP)

    6 DE JANEIRO DE 2023



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